O mercado de locação residencial no Brasil registrou uma alta acumulada de 5,66% no primeiro semestre de 2025, conforme o Índice FipeZAP divulgado nesta terça-feira (15). Apesar do crescimento, o ritmo de valorização vem desacelerando desde maio, com um avanço de apenas 0,51% em junho, inferior aos 0,59% de maio e 1,15% de abril. Este aumento ainda supera a inflação oficial de 2,99% no semestre, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
A desaceleração nos preços sugere um ponto de resistência, especialmente nas grandes cidades. Embora 27 das 36 cidades monitoradas tenham apresentado alta em junho, com Cuiabá (1,47%), Goiânia (1,42%) e Recife (1,30%) se destacando, capitais como Salvador, Aracaju e Natal registraram quedas nos preços. Essa situação pressiona o orçamento dos inquilinos e intensifica o debate sobre o custo de vida nas áreas urbanas.
Nos últimos 12 meses, os aluguéis subiram, em média, 11,02%, superando a inflação de 5,35%. Cidades como Belém (19,85%), Porto Alegre (18,75%) e Fortaleza (16,84%) lideraram as valorizações. Para investidores, a rentabilidade média anual com locação está em 5,93%, abaixo de aplicações financeiras de renda fixa, mas competitiva em estratégias de diversificação. O preço médio do metro quadrado em junho foi de R$ 49,23, com São Paulo liderando os valores com R$ 61,32.
Embora a desaceleração dos aluguéis seja evidente, a FipeZap aponta que não há previsão de queda no curto prazo, devido à oferta restrita de imóveis e à demanda contínua, especialmente por unidades menores. Para inquilinos, o segundo semestre pode trazer um alívio modesto nos reajustes, enquanto investidores devem proceder com cautela na análise de custos e rentabilidade.