Políticos próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestaram críticas à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada na quarta-feira (9 de julho de 2025), foi justificada por Trump com base na investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), utilizou sua conta no X para afirmar que a "subserviência de Bolsonaro aos EUA está custando caro ao país". Ela argumentou que as alegações feitas por Bolsonaro e sua família sobre o Brasil e o STF serviram como pretexto para a imposição das tarifas. Hoffmann também destacou que Trump teme o fortalecimento das relações comerciais do Sul Global, nas quais o Brasil desempenha um papel importante.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a justificativa de Trump, afirmando que a retaliação é de natureza política e visa defender Bolsonaro como um perseguido político. O presidente interino do PT, Humberto Costa (PE), reforçou que a soberania nacional não é negociável e que a decisão de Trump atinge o Brasil como um todo, não apenas um governo específico.
Outros políticos, como o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), também se manifestaram, criticando a situação e mencionando figuras ligadas a Bolsonaro. A repercussão da decisão de Trump continua a gerar debates acalorados entre os aliados do governo Lula e a oposição bolsonarista.