Paulo Figueiredo, principal aliado de Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, defendeu a imposição de tarifas pelo ex-presidente Donald Trump, desconsiderando as críticas de que tal movimento favorece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prejudica a direita brasileira. Em declarações recentes, Figueiredo afirmou que não teme um desgaste político a longo prazo e que as críticas recebidas, inclusive de membros do PL, não afetarão a trajetória de Eduardo, que considera mais firme do que seu pai, Jair Bolsonaro.
Figueiredo, neto do último presidente militar do Brasil, João Baptista de Oliveira Figueiredo, argumentou que os ganhos de Lula com a crise gerada pelas tarifas são insignificantes e que suas ações não são motivadas por cálculos eleitorais, mas pela crença de que a população compreenderá suas intenções. Ele também minimizou a oposição de setores produtivos, como o agronegócio, afirmando que a liberdade é um interesse nacional superior ao lucro de poucos empresários.
Além disso, Figueiredo recordou sua relação com Trump, que começou em 2012, quando propôs uma sociedade na gestão de um hotel no Rio de Janeiro. Embora tenha conhecido o ex-presidente por meio de sua filha, Ivanka Trump, ele destacou que não há mais vínculos comerciais desde 2016. Figueiredo, que foi preso em 2019 sob suspeita de envolvimento em um esquema de propinas, negou qualquer irregularidade e afirmou não ter sido condenado no caso.