As algas marinhas estão emergindo como uma solução inovadora para enfrentar o aumento das doenças crônicas e a instabilidade climática, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland e outras instituições. Com aplicações que vão desde suplementos alimentares até bioplásticos, essas macroalgas oferecem uma alternativa sustentável que não requer a expansão de áreas agrícolas, contribuindo para a segurança alimentar e metas climáticas globais.
O estudo destaca que o cultivo de algas marinhas com valor comercial pode aliviar a pressão sobre a agricultura terrestre. As algas, como a kelp-açucarada, são ricas em fibras e micronutrientes essenciais, promovendo a saúde intestinal e reduzindo inflamações crônicas. Quando fermentadas, essas fibras geram ácidos graxos benéficos, melhorando a sensibilidade à insulina e fortalecendo o sistema imunológico.
Empresas como a Oceanium, com sede no Reino Unido, estão na vanguarda dessa inovação, utilizando algas para desenvolver produtos que promovem a saúde humana e ambiental. Seu produto principal, Ocean Actives H+, melhora a proporção de bactérias intestinais benéficas, enquanto a PhycoHealth e a FutureFeed, na Austrália, também exploram o potencial das algas para a saúde intestinal e redução de emissões de metano na pecuária.
No entanto, a adoção em larga escala das algas marinhas enfrenta desafios, como a infraestrutura limitada de processamento e a aceitação do sabor e textura por parte dos consumidores. Superar essas barreiras é crucial para que as algas cumpram seu papel como uma das culturas mais sustentáveis do planeta, contribuindo para a biodiversidade marinha e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.