A Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC) emitiu um alerta crítico sobre a situação alimentar na Faixa de Gaza, afirmando que o pior cenário de fome está se concretizando. O relatório, apoiado pela ONU, destaca que a fome generalizada e a desnutrição estão contribuindo para um aumento nas mortes relacionadas à insegurança alimentar. Dados recentes indicam que a maioria da população de Gaza, composta por cerca de 2,1 milhões de palestinos, enfrenta níveis extremos de insegurança alimentar.
O documento revela que a taxa de desnutrição na Cidade de Gaza aumentou de 4,4% em maio para 16,5% em julho, com um número alarmante de mulheres grávidas ou lactantes em estado de desnutrição aguda. Apesar da gravidade da situação, o IPC não declarou formalmente a ocorrência de fome, mas anunciou que realizará uma nova análise em breve. Líderes da ONU, incluindo o secretário-geral António Guterres, pedem um cessar-fogo imediato e um aumento significativo na ajuda humanitária.
O relatório também critica a atuação da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), afirmando que os pacotes de alimentos distribuídos pela organização não atendem às necessidades básicas da população, pois a maioria dos itens requer água e combustível para preparo, recursos que estão escassos na região. A IPC enfatiza que apenas uma ação imediata para encerrar as hostilidades e garantir acesso humanitário irrestrito pode evitar um sofrimento humano ainda mais catastrófico.