O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (31) que os gastos de apoio aos trabalhadores, em decorrência do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, podem ser excluídos da meta fiscal. A declaração foi feita durante uma entrevista ao programa da apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo.
Alckmin destacou que o governo busca evitar déficits e minimizar impactos financeiros. Ele comparou a situação atual com a ajuda concedida ao Rio Grande do Sul após as enchentes, onde despesas foram retiradas do cálculo do resultado primário das contas públicas. "Não queremos déficit nenhum. Queremos o menor impacto possível", afirmou o vice-presidente.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que um plano de apoio aos setores afetados pelo tarifaço será revelado nos próximos dias, com foco na indústria e no agronegócio. Haddad mencionou que medidas como linhas de crédito para empresas impactadas pelas sobretaxas estão sendo preparadas, embora detalhes ainda não tenham sido confirmados.
As ações emergenciais, que podem incluir a manutenção de empregos e adiamentos de tributos, estão sendo discutidas, mas dependem da aprovação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo já havia adotado medidas semelhantes durante a pandemia da Covid-19, quando implementou subsídios para garantir a manutenção de empregos no setor privado.
