O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta quarta-feira (16) em Brasília com representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) para discutir o impacto do aumento das tarifas de importação de produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida pode afetar cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para o mercado norte-americano, empregando aproximadamente 3,2 milhões de pessoas no país.
Durante o encontro, a Amcham Brasil expressou a necessidade de uma solução negociada entre os governos brasileiro e americano, a fim de evitar um aumento tarifário que poderia ter consequências severas para ambas as economias. A entidade, que não possui vínculos com governos e conta com mais de 3.500 empresas associadas, trouxe ao vice-presidente a perspectiva de diversas empresas sobre os impactos das novas tarifas em suas operações.
Alckmin destacou que empresas norte-americanas com operações no Brasil, como General Motors, Johnson & Johnson e Caterpillar, também seriam prejudicadas pela tarifa de 50% que entrará em vigor em agosto. Ele enfatizou a importância da colaboração entre os setores empresariais dos dois países para encontrar uma solução que beneficie a todos. Além disso, a Amcham Brasil apresentou dados que mostram que, apesar da tarifa média de importação brasileira ser de 12,4%, o imposto efetivo sobre as importações americanas é de apenas 2,7%, devido a isenções e regimes aduaneiros especiais.
O governo brasileiro, por meio de Alckmin, reiterou seu compromisso em buscar um entendimento que minimize os impactos econômicos decorrentes do aumento das tarifas, ressaltando a importância do diálogo entre os dois países para a manutenção do comércio bilateral.
