O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta terça-feira (29) com representantes de grandes empresas de tecnologia, incluindo Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia. O encontro, considerado "bastante proveitoso" por Alckmin, teve como foco a busca por segurança jurídica, inovação tecnológica e um ambiente regulatório favorável para o setor.
Durante a reunião, que contou com a participação de outros membros do governo e um representante da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos, Alckmin abordou a questão da taxação de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. O vice-presidente criticou a tarifa, classificando-a como "totalmente injustificável" e ressaltou que o Brasil tem uma balança comercial superavitária com os Estados Unidos, com um crescimento de 4,8% nas exportações brasileiras para o país no primeiro semestre de 2025.
Alckmin também mencionou a elaboração de um plano de contingência para lidar com o aumento das tarifas, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. A medida foi anunciada pelo ex-presidente Donald Trump em uma carta ao presidente Lula, onde ele justificou a tarifa pelo tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump afirmou que a política tarifária atual do Brasil é "injusta" e que as taxas dos EUA precisam ser ajustadas para garantir condições equitativas entre os países.
Além do Brasil, outras nações, como membros da União Europeia, Japão, Indonésia e México, também serão impactadas pelas novas tarifas, embora cada um enfrente percentuais diferentes. O governo brasileiro continua a buscar soluções para mitigar os efeitos dessa política comercial.