O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, declarou nesta terça-feira, 29, que o plano de contingência do governo brasileiro só será debatido se as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos forem efetivamente implementadas. A nova alíquota começará a valer a partir de sexta-feira, 1º de novembro. Alckmin enfatizou a necessidade de evitar a aplicação das tarifas, afirmando que o governo trabalhará incessantemente para esse fim.
Durante a reunião com representantes de grandes empresas de tecnologia, como Meta, Google e Amazon, Alckmin destacou a importância de discutir temas como segurança jurídica e inovação tecnológica. Ele afirmou que a conversa foi produtiva e que o governo não deve apressar a regulamentação das big techs, mas sim analisar como outros países tratam a questão.
O vice-presidente também mencionou que o governo está empenhado em reduzir a alíquota de 50% para todos os setores, argumentando que não há justificativa para tal taxa em um país que mantém uma balança comercial superavitária com os Estados Unidos. O Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, liderado por Alckmin, já se reuniu com diversos representantes do setor produtivo e líderes sindicais para discutir as implicações das tarifas e as medidas a serem adotadas em resposta.
A Lei de Reciprocidade Econômica, que estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais em resposta a medidas unilaterais que afetem a competitividade do Brasil, também foi mencionada como uma ferramenta a ser considerada pelo governo na defesa dos interesses nacionais.