A Air India anunciou que não encontrou defeitos nos interruptores de combustível de sua frota de Boeing, após o trágico acidente do mês passado que resultou na morte de 260 pessoas. O incidente ocorreu logo após a decolagem do voo com destino a Londres, partindo do aeroporto de Ahmedabad. Um relatório preliminar dos Estados Unidos revelou que os interruptores de combustível foram desligados em sequência momentos após a aeronave deixar o solo, levando à queda da aeronave e à perda de todos os 241 ocupantes e 19 pessoas em terra.
Apesar da gravidade do acidente, o relatório não recomendou ações contra a Boeing, fabricante do modelo 787 Dreamliner. Em resposta, a Air India realizou inspeções em sua frota e confirmou que nenhum problema foi encontrado. No entanto, a situação gerou investigações sobre a conduta do comandante Sumeet Sabharwal, que estava no controle da aeronave no momento da falha. A caixa-preta indica que o primeiro oficial, Clive Kunder, questionou a desativação dos controles de combustível, mas não obteve resposta.
As reações à publicação do relatório foram intensas, com a Federação de Pilotos Indianos e outros grupos defendendo a integridade do comandante e criticando as insinuações de responsabilidade. O ministro da Aviação Civil da Índia, Kinjarapu Ram Mohan Naidu, pediu cautela e evitou conclusões precipitadas, enfatizando a necessidade de proteger os pilotos nacionais. Investigadores continuam a apurar se houve falhas técnicas que poderiam ter causado a desativação dos interruptores, enquanto familiares das vítimas expressam descontentamento com a falta de clareza do relatório preliminar.