Goiânia – A degradação das fontes hídricas devido à expansão urbana e atividades humanas tem gerado uma crescente busca por alternativas, como as águas subterrâneas. Esses aquíferos, que armazenam 99% da água doce do planeta, são essenciais para a manutenção de ecossistemas aquáticos e para a segurança hídrica global, segundo relatório da ONU de 2022.
Apesar de sua importância, as águas subterrâneas são frequentemente mal compreendidas e mal geridas, o que pode comprometer sua viabilidade. A ONU alerta que, até 2030, a demanda por água deve aumentar em 1% ao ano, tornando a conservação e o uso sustentável desses recursos ainda mais urgentes. A boa governança é crucial para garantir que esses aquíferos não sejam explorados de forma excessiva.
No Brasil, a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) estima que os aquíferos alimentam os rios com cerca de 2.400 quilômetros cúbicos de água fresca anualmente. O país abriga dois dos maiores aquíferos do mundo, o Amazonas e o Guarani, que juntos armazenam mais de 200 mil quilômetros cúbicos de água. Especialistas alertam que, atualmente, apenas 17,7% da população brasileira é atendida por águas subterrâneas, destacando a necessidade de investimentos em infraestrutura para garantir o acesso a esse recurso vital.