A Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou uma investigação para apurar possíveis lucros indevidos relacionados ao recente aumento de tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as exportações brasileiras. O foco da investigação é a corretora BGC Partners, controlada por Howard Lutnick, atual secretário de Comércio dos EUA, que anunciou a manutenção das tarifas de 50% em entrevista à Fox News no último domingo.
A movimentação no mercado financeiro chamou a atenção após um volume atípico de negociações em contratos futuros de dólar, que totalizou mais de R$ 6,6 bilhões em apenas 75 minutos, no dia em que Trump fez o anúncio das tarifas. A AGU busca esclarecer se os investidores envolvidos, incluindo a corretora de Lutnick e outras instituições, tinham acesso a informações privilegiadas antes do comunicado oficial.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a investigação, que também inclui o BTG Pactual e a Tullet Prebon, que realizaram operações semelhantes no mesmo período. A suspeita é de que a proximidade entre interesses públicos e privados possa ter influenciado as decisões financeiras, levantando questões sobre a ética e a transparência nas relações entre o governo e o setor privado.