O agente da Polícia Federal (PF) Wladimir Matos Soares, réu em um processo que investiga uma tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro, depôs nesta segunda-feira (28) no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante seu testemunho, Wladimir, o único civil entre os dez réus do núcleo 3 da trama, revelou que era admirador do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Wladimir Matos Soares, que atuou na segurança do ministro durante as Olimpíadas de 2016, afirmou ter estudado pelo livro de Moraes ao longo de sua formação em Direito. No entanto, ele negou qualquer envolvimento nas ações golpistas atribuídas ao grupo, que inclui militares e especialistas em operações especiais, conhecidos como "kids pretos" ou "forças especiais".
O núcleo 3 do processo é investigado por um planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que visava assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022. Wladimir declarou-se inocente e contestou as acusações feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR), afirmando que são falsas e sem fundamento.