As principais agências de notícias do mundo, incluindo BBC News, AFP, AP e Reuters, emitiram um comunicado expressando grave preocupação com a situação dos jornalistas em Gaza, que estão enfrentando dificuldades extremas para se alimentar. Segundo o documento, esses profissionais, que têm atuado como os olhos e ouvidos do mundo durante o conflito, estão agora em condições semelhantes às da população local, lutando contra a fome.
Jornalistas da AFP que permanecem no território relataram que estão à beira da desnutrição, com a ONU denunciando um aumento alarmante nos níveis de desnutrição em Gaza. Mais de 100 ONGs também alertaram sobre uma crise de fome em massa, enquanto Israel nega a existência de fome extrema, atribuindo a falta de ajuda à ONU.
A ONG Médicos Sem Fronteiras confirmou a gravidade da situação, relatando um aumento sem precedentes de casos de desnutrição aguda, especialmente entre mulheres grávidas e crianças. O coordenador clínico da ONG, Mohammed Abu Mughisib, destacou que a fome poderia ser resolvida se as autoridades israelenses permitissem a entrada de alimentos suficientes.
Em uma carta da Sociedade de Jornalistas da AFP, foi enfatizado que os últimos repórteres em Gaza estão em risco iminente de morte por fome, com muitos já apresentando perda de peso significativa e fraqueza física. As agências de notícias apelaram às autoridades israelenses para que garantam a entrada de suprimentos alimentares e a segurança dos jornalistas na região.