Dois adolescentes foram apreendidos em conexão com o assassinato de Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, cujo corpo foi encontrado em 18 de julho às margens de uma lagoa em Hortolândia, São Paulo. A Polícia Civil descreveu o crime como um ato de 'violência extrema', com a jovem sendo esfaqueada e esquartejada. Entre os apreendidos, está o namorado da vítima, um adolescente de 17 anos, e uma menina de 14 anos, que mantinha um relacionamento com ele.
As apreensões ocorreram em 20 de julho, no Paraná, e ambos foram levados para uma unidade da Fundação Casa em Campinas, onde tiveram a internação provisória decretada. A advogada Beatriz Ferruzzi Sacchetin, vice-presidente da comissão de Direito Processual Penal da OAB Campinas, destacou a falta de acompanhamento após a internação, o que representa uma falha na segurança pública a longo prazo.
A internação é a medida mais restritiva prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode durar até três anos, com reavaliações a cada seis meses. A medida é aplicada em casos de atos infracionais graves, como o que resultou na morte de Nicolly. Sacchetin explicou que, embora a internação tenha caráter punitivo, também busca a reabilitação do adolescente, com acompanhamento psicológico e social durante o período de privação de liberdade.