Uma adolescente de 14 anos foi apreendida após provocar um incêndio em um apartamento em Guarujá, litoral de São Paulo, que resultou na morte de sua irmã de apenas 11 meses. O incidente ocorreu na tarde de segunda-feira, 14 de outubro, em um conjunto habitacional no bairro Cantagalo. Além da bebê, um menino de dois anos também ficou ferido e permanece em estado estável na UTI do Hospital Santo Amaro, com queimaduras e ferimentos nas vias aéreas.
A Polícia Civil concluiu a investigação, afirmando que a adolescente agiu sozinha, sem qualquer auxílio, e que há provas suficientes para caracterizar sua responsabilidade no ato. Em depoimento, a jovem relatou que não desejava mais cuidar dos irmãos e havia pesquisado na internet sobre a explosão de botijões de gás. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio pela Delegacia de Guarujá.
De acordo com a legislação brasileira, a adolescente será submetida a medidas socioeducativas, uma vez que não é permitido instaurar inquérito policial contra menores de idade. O Ministério Público avaliará as informações para decidir sobre a representação ou eventual arquivamento do caso. A responsabilização dos pais, segundo especialistas, recai mais na esfera cível do que na criminal, podendo resultar em indenizações por atos do filho menor.
Imagens do apartamento após o incêndio mostram um cenário devastador, com paredes e móveis carbonizados. O delegado responsável pelo caso descreveu a situação como "aterrorizante", destacando a frieza da adolescente ao relatar suas motivações durante o depoimento.