O estado do Acre alcançou a marca de 67,2% de detentos envolvidos em atividades laborais, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Com mais de 3,7 mil presos inscritos em programas de trabalho, o Acre ocupa a terceira posição no Brasil, atrás apenas do Maranhão e Rondônia. Os dados referem-se ao segundo semestre de 2024, quando a população carcerária no estado era de 5.401 pessoas.
A participação dos detentos em atividades laborais permite a remição de pena, onde a cada três dias trabalhados, um dia é descontado da pena. No sistema masculino, 99,6% dos 3.208 presos estavam envolvidos em algum programa de ressocialização, enquanto no presídio feminino, 100% das apenadas participavam de atividades. A maioria dos detentos trabalha no setor primário, com funções relacionadas à agricultura e pecuária.
Recentemente, foi inaugurada a fábrica Sandálias da Esperança na Unidade Penitenciária de Senador Guiomard, que conta com 27 máquinas e um investimento de R$ 300 mil. O projeto, fruto de uma parceria entre o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) e a Senappen, visa profissionalizar os detentos e facilitar sua reintegração à sociedade após o cumprimento da pena.
A presidente do TJ-AC, desembargadora Regina Ferrari, destacou a importância da iniciativa, que será expandida para outras cidades do estado, incluindo a capital Rio Branco. O Iapen-AC também oferece diversos programas de ressocialização em diferentes unidades prisionais, buscando proporcionar uma segunda chance aos reeducandos.