O governo do Acre decretou emergência sanitária na última quinta-feira (17), em resposta a um surto de sarampo registrado na Bolívia, que já contabiliza mais de 100 casos. A medida foi tomada dez dias após o estado emitir um alerta sobre a situação, visando reforçar as ações de prevenção nas cidades fronteiriças. O último caso de sarampo no Acre foi documentado em 2000, segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).
A fronteira entre o Acre e a Bolívia se estende por aproximadamente 618 km, abrangendo sete dos 22 municípios acreanos, incluindo Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia. Para evitar a reintrodução do vírus, as autoridades locais iniciaram um mutirão de vacinação, com foco em crianças a partir de seis meses, além de reforçar a importância da imunização em toda a população.
A técnica de enfermagem Gilmara Lopes destacou que a vacina contra o sarampo é a única forma de proteção contra a doença, que é altamente contagiosa. O esquema de vacinação prevê duas doses para pessoas de um a 29 anos e uma dose para aqueles entre 30 e 59 anos. As salas de vacinação no Acre estão abastecidas, com mais de 36 mil doses recebidas na última semana, conforme o Plano Nacional de Imunizações (PNI-AC).
As autoridades de saúde recomendam que, em caso de sintomas gripais ou suspeita de sarampo, a população evite aglomerações e utilize máscara. Medidas de higiene, como a lavagem frequente das mãos e a ventilação dos ambientes, são essenciais para prevenir a transmissão do vírus.