Os Acordos de Abraão, formalizados em agosto de 2020, representam uma nova era nas relações entre Israel e países árabes, incluindo Marrocos, Emirados Árabes e Sudão. A iniciativa, mediada pelos Estados Unidos, visa normalizar as relações diplomáticas e promover o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico na região. Desde então, Israel estabeleceu escritórios de representação nos países signatários e aumentou o fluxo de turistas e intercâmbios acadêmicos.
Entretanto, a reação ao acordo não foi unânime. O Irã e grupos aliados, como o Hamas, consideraram a iniciativa uma ameaça, culminando em um ataque em 7 de outubro de 2023. Apesar desse desafio, os países envolvidos na aliança mantiveram sua coesão, resultando na consolidação de acordos comerciais, como um transporte de produtos entre os Emirados e Bahrein para Israel, evitando a rota marítima ameaçada pelos Houthis.
A crescente colaboração também atraiu o interesse europeu, especialmente após o início da guerra entre Ucrânia e Rússia, que destacou a importância da nova aliança do Oriente Médio como uma fonte confiável de energia. Com investimentos significativos e parcerias em setores estratégicos, os Acordos de Abraão continuam a moldar o futuro das relações no Oriente Médio.