O Banco do Brasil (BBAS3) enfrenta um cenário desafiador no mercado financeiro, com suas ações registrando uma queda de 28% desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, em maio, sendo negociadas a R$ 21 nesta sexta-feira (11). Relatórios de instituições financeiras, como BTG Pactual e Bank of America, indicam um sentimento negativo entre investidores, especialmente após um roadshow nos Estados Unidos que revelou decepções em relação aos lucros e à deterioração da carteira de crédito agrícola.
Além disso, a Ativa Investimentos retirou o Banco do Brasil de sua carteira recomendada de dividendos para julho, enquanto a Legacy Capital mantém uma posição vendida nas ações da instituição. A Empiricus Research também expressou preocupações sobre a qualidade do crédito, com seu co-fundador, Rodolfo Amstalden, afirmando que a correção de problemas nesse setor pode levar tempo, citando o caso do Bradesco como exemplo.
Felipe Miranda, CIO da Empiricus, alertou que os resultados do segundo trimestre podem ser ainda piores do que os do primeiro, devido à continuidade da inadimplência no setor agrícola. Em contraste, o Itaú (ITUB4) se destaca como uma opção sólida para investidores em busca de dividendos, tendo se tornado o maior pagador de proventos da bolsa brasileira no primeiro trimestre de 2023, superando a Petrobras. A análise da Empiricus sugere que o Itaú apresenta resultados consistentes e uma gestão adaptável às condições de mercado.