As ações da WEG (WEGE3) apresentaram uma queda de 5,13% nesta quarta-feira (23), cotadas a R$ 41,32, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023. Apesar de reportar um lucro líquido de R$ 1,592 bilhão, 10,4% superior ao mesmo período do ano anterior, o desempenho não foi suficiente para animar o mercado, refletindo a maior queda diária do Ibovespa.
Analistas do Safra atribuem o desempenho “pouco animador” ao impacto da valorização de 8,8% do dólar em relação ao real e à consolidação das empresas adquiridas em 2023. Excluindo esses fatores, o crescimento orgânico teria sido de 6,3% em reais e -2,3% em dólares. O Goldman Sachs também destacou que os juros elevados no Brasil e a incerteza macroeconômica global estão afetando a entrega de projetos, especialmente na divisão de motores elétricos, que representa cerca de 50% da receita da WEG.
As recomendações para os investidores variam. O Safra mantém uma posição neutra, enquanto a XP alerta para riscos como tensões geopolíticas e revisões negativas nos lucros. Em contrapartida, o Genial adota uma visão otimista, mantendo a recomendação de compra, destacando que a WEG está negociando com um desconto em relação à sua média histórica.
Além disso, a WEG anunciou o pagamento de R$ 719,35 milhões em dividendos extraordinários, com previsão de depósito para 28 de agosto. O dividend yield projetado para o ano é de 2,07%, embora atualmente esteja em 1,16%. Especialistas ressaltam que as ações da WEG são mais atraentes para investidores em busca de valorização do preço do papel do que por dividendos.