A negociação do acervo musical da cantora Marília Mendonça, que faleceu em novembro de 2021, está em estágio avançado e pode movimentar o mercado fonográfico brasileiro. Segundo informações do portal g1, o acervo inclui composições inéditas deixadas pela artista, surpreendendo tanto fãs quanto especialistas do setor.
Marília Mendonça possui 349 composições registradas e 521 gravações em sua voz, de acordo com dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Um levantamento de 2021 indicou que ao menos 98 músicas compostas por ela ainda não haviam sido gravadas, o que pode aumentar o valor do acervo em negociação.
Caso a venda se concretize, Marília se juntará a uma lista de artistas que optaram por vender seus catálogos musicais, como David Bowie e Shakira. Especialistas estimam que o valor da negociação gire em torno de R$ 300 milhões, considerando o desempenho econômico do catálogo e seu potencial de rentabilidade futura.
A venda de catálogos musicais é uma prática crescente, motivada principalmente por razões financeiras, permitindo que artistas e herdeiros garantam um retorno imediato e deixem a gestão dos direitos nas mãos de empresas especializadas. Para os compradores, a rentabilidade dos direitos autorais é um atrativo, já que esses continuam gerando receita por décadas após a morte do artista.