A Associação Americana de Vestuário e Calçados (Aafa) solicitou ao representante de comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a inclusão de plataformas de comércio eletrônico nacionais na Lista de Mercados Notórios (NML). O pedido foi formalizado em um ofício enviado nesta quinta-feira (17), onde a Aafa destaca a importância de identificar e responsabilizar essas plataformas que facilitam a venda de produtos piratas ou contrabandeados.
Desde sua criação em 2006, a NML tem se concentrado em mercados físicos e sites estrangeiros, mas a Aafa argumenta que, desde 2020, nenhuma plataforma americana associada a falsificações foi mencionada. A entidade, que representa mais de 1,1 mil fabricantes e movimenta anualmente mais de US$ 520 bilhões, critica a falta de escrutínio sobre essas plataformas, afirmando que isso diminui a pressão para que elas adotem medidas eficazes contra a pirataria.
A Aafa enfatiza que a omissão do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) em relação às plataformas domésticas pode resultar em um padrão de responsabilidade inadequado, alertando que, se os EUA não agirem, outros países poderão fazê-lo. O USTR, que também anunciou uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, é responsável por desenvolver a política de comércio internacional do país e já incluiu o Brasil em sua lista, citando a Rua 25 de Março em São Paulo como um exemplo de mercado com produtos falsificados.