Um estudo recente revela que a definição de um 'bom pai' no reino animal pode ser analisada sob a perspectiva biológica, onde a sobrevivência da prole é o principal critério. Embora a maioria dos mamíferos exija cuidados parentais para garantir a sobrevivência dos filhotes, muitos pais na natureza não se envolvem com a criação de seus descendentes. Essa realidade levanta questões sobre o que realmente significa ser um bom pai, especialmente quando se considera a diversidade cultural e biológica que existe entre as espécies.
A pesquisa sugere que, do ponto de vista evolutivo, um bom pai é aquele que aumenta as chances de sobrevivência de seus filhotes até que atinjam a maturidade sexual. No entanto, os cuidados parentais são surpreendentemente raros em diversas espécies. Fatores como a aparência dos filhotes em relação aos pais e o habitat em que vivem influenciam essa dinâmica. Por exemplo, larvas de mosquitos vivem em ambientes aquáticos, enquanto os adultos habitam o ar, tornando a interação entre pais e filhotes praticamente inexistente.
Além disso, a mortalidade pós-reprodução em algumas espécies, como os salmões, impede que os pais cuidem de seus filhotes, já que eles morrem após a desova. A quantidade de filhotes gerados também desempenha um papel crucial: cuidar de milhares de descendentes ao mesmo tempo é uma tarefa inviável. Assim, a biologia e a evolução moldam o comportamento paterno, desafiando a percepção tradicional de paternidade em diferentes contextos.