Em um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira (21), o Reino Unido e outros 24 países, incluindo França, Canadá e Japão, solicitaram o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza. Os signatários, que incluem nações como Austrália, Bélgica e Suécia, expressaram preocupação com o crescente sofrimento dos civis na região, afirmando que a situação humanitária atingiu níveis alarmantes.
Os ministros de Relações Exteriores dos países signatários criticaram o modelo de distribuição de ajuda implementado pelo governo israelense, que, segundo eles, tem alimentado a instabilidade e privado os habitantes de Gaza de sua dignidade. Desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 800 palestinos foram mortos enquanto buscavam assistência humanitária, conforme relatórios da ONU.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, respondeu à declaração, chamando-a de "desconectada da realidade" e acusando os países de não reconhecerem a responsabilidade do Hamas na continuidade do conflito. A Fundação Humanitária de Gaza, que começou a distribuir ajuda no final de maio, também tem sido alvo de críticas, com relatos diários de mortes de palestinos próximos aos pontos de distribuição.
Os signatários da carta exigem não apenas a cessação das hostilidades, mas também a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e manifestam oposição a iniciativas que possam alterar a demografia nos territórios palestinos ocupados. O rei Felipe da Bélgica, em uma rara manifestação pública sobre o assunto, descreveu a situação em Gaza como "uma desgraça à humanidade".