Mais de dois mil patinetes elétricos circulam em Brasília, transformando a paisagem urbana e os hábitos de locomoção na capital federal. A iniciativa, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) e a empresa JET, disponibiliza os veículos compartilhados em regiões como o Plano Piloto, Águas Claras, Sudoeste e Cruzeiro. A adoção desse meio de transporte alternativo reflete uma mudança de comportamento, com os brasilienses buscando soluções ágeis para deslocamentos urbanos, em contraste com a histórica dependência do automóvel. A expansão dos patinetes, no entanto, impõe desafios relacionados à segurança e à integração com o sistema viário existente.
A regulamentação do uso dos patinetes elétricos em Brasília segue a Resolução nº 996/2023 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que os classifica como equipamentos de mobilidade individual autopropelidos. De acordo com o Detran-DF, a velocidade máxima permitida é de 6 km/h em áreas de pedestres, 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas, e até 40 km/h em vias com velocidade regulamentada equivalente, sempre pelas laterais e no mesmo sentido do fluxo de veículos. O uso de capacete é recomendado, e o transporte é restrito a apenas um indivíduo por patinete. Essa regulamentação busca equilibrar a promoção de alternativas de mobilidade com a segurança dos usuários e demais atores no trânsito, um desafio presente em diversas cidades que adotam soluções semelhantes.
A crescente popularidade dos patinetes elétricos em Brasília aponta para uma tendência global de busca por transportes mais sustentáveis e eficientes em centros urbanos. A experiência da capital federal, contudo, evidencia a necessidade de planejamento urbano integrado e de regulamentação eficaz para garantir a segurança e a fluidez do trânsito. O sucesso da iniciativa dependerá da contínua adaptação das infraestruturas e da conscientização dos usuários quanto às normas de circulação. A longo prazo, a integração dos patinetes com outros modais de transporte, como o transporte público, poderá otimizar ainda mais a mobilidade urbana na cidade, demandando investimentos e políticas públicas eficazes.