O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que o país possui ‘soluções táticas mais fortes’, citando a operação ‘Teia de Aranha’, realizada um dia antes. O ataque, considerado um dos mais ousados desde o início da guerra em fevereiro de 2022, atingiu bases militares russas nos arredores de Moscou, no Ártico e na Sibéria, a mais de 4,5 mil km da Ucrânia. Segundo Kiev, dezenas de aeronaves foram destruídas, incluindo algumas com capacidade nuclear.
Blogueiros militares pró-Kremlin compararam o ataque a um ‘Pearl Harbor russo’, em referência ao ataque japonês de 1941. A inteligência ucraniana afirmou que aeronaves como o Beriev A-50, os Tupolev Tu-95 e Tu-22M3 foram danificadas ou destruídas. Esses modelos, críticos para a estratégia militar russa, não são mais produzidos desde o fim da União Soviética.
Especialistas avaliam que, apesar do impacto psicológico e material, o ataque dificilmente alterará os planos de curto prazo da Rússia, que tem intensificado bombardeios e posicionado tropas na fronteira com a Ucrânia. Analistas destacam que a operação expôs vulnerabilidades nos sistemas de defesa russos e pode minar a confiança no regime de Vladimir Putin, além de enviar uma mensagem aos EUA sobre a capacidade de resistência ucraniana.