O torneio de tênis de Wimbledon implementará um sistema de inteligência artificial (IA) para substituir os nove juízes de linha em sua edição de 2025, que começa em 30 de junho. O sistema utilizará 12 câmeras fabricadas pela Sony para monitorar as jogadas, enquanto o juiz de cadeira manterá suas funções. A mudança segue o caminho já adotado pelo Aberto da Austrália, em 2021, e pelo US Open, em 2022.
A decisão encerra uma tradição de 147 anos no mais antigo torneio de tênis do mundo. Os juízes de linha eram reconhecidos por seus uniformes característicos, que incluíam blazers azul-marinho e gravatas listradas nas cores oficiais do clube. Dos quatro Grand Slams, apenas Roland Garros, na França, ainda não adotou arbitragens eletrônicas.
O sistema de IA terá duas funções principais: determinar se a bola caiu dentro ou fora da quadra e verificar se os atletas pisaram na linha durante o saque. Segundo Rodrigo Tavares, professor da Nova SBE, a tecnologia reconstrói a trajetória da bola em 3D com precisão superior à percepção humana. A mudança acompanha uma tendência observada em outros esportes, como o futebol, com o uso do VAR.