O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no caso conhecido como ‘Abin Paralela’, que investiga espionagem ilegal de opositores durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Em suas redes sociais, o vereador ironizou a ação, questionando se havia dúvidas sobre a atuação da PF no governo Lula. Além dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, também foram indiciados.
A investigação aponta que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para monitorar ilegalmente adversários políticos, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidentes da Câmara. O esquema teria operado entre 2019 e 2023, com pico de atividades em 2020, ano de eleições municipais. A PF identificou ainda suposto conluio entre gestões passadas e atuais da Abin para ocultar os monitoramentos.
O caso, que inclui operações como ‘Última Milha’ e ‘Vigilância Aproximada’, também envolve o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Lula. Segundo a PF, o esquema serviu a interesses políticos e pessoais da família Bolsonaro, com destaque para o chamado ‘gabinete do ódio’, coordenado por Carlos Bolsonaro.