A Vale anunciou que publicará nesta segunda-feira seu primeiro relatório financeiro integrando informações sobre sustentabilidade, alinhado às normas do International Sustainability Standards Board (ISSB). O documento, que antecipa regras obrigatórias a partir de 2027, detalha a estratégia da empresa para enfrentar as mudanças climáticas, incluindo investimentos de R$ 7,4 bilhões em descarbonização desde 2020, com R$ 1,38 bilhão previstos para 2024. A mineradora destaca que será a primeira do setor global e a primeira brasileira a adotar esse padrão, reforçando sua transparência no tema.
Entre as iniciativas destacadas estão os planos para desenvolver “mega hubs” industriais em parceria com outros países, como Estados Unidos, Brasil e Oriente Médio, focados na produção de minério de ferro de baixo carbono. A Vale também mencionou o potencial do briquete de minério de ferro, que pode reduzir em até 10% as emissões em alto-forno e viabilizar a produção de “aço verde”. Além disso, a empresa pretende expandir sua capacidade de níquel e cobre para atender à demanda crescente do mercado de baterias para eletrificação.
A companhia mantém metas ambiciosas de redução de emissões, incluindo cortes de 33% nas emissões diretas e indiretas (escopo 1 e 2) até 2030, em relação a 2017, e a neutralidade líquida até 2050. O relatório também aborda a redução de 15% nas emissões da cadeia de valor (escopo 3) até 2035. Apesar das oportunidades identificadas, a Vale afirmou que está focada no desenvolvimento de seus próprios ativos, como depósitos de cobre na região de Carajás, em vez de buscar aquisições externas.