Uma mulher uruguaia foi resgatada após seis meses em condições degradantes mantida por três homens em Planura, no Triângulo Mineiro. Luciana Gonzalhes, de 29 anos, foi submetida a agressões com chicote e obrigada a tatuar as iniciais dos acusados, segundo relatos à polícia. O caso ocorreu na mesma propriedade onde outro trabalhador foi encontrado em situação semelhante.
De acordo com a vítima, os acusados – um professor, um administrador e um contador – filmavam situações humilhantes e usavam as imagens para chantagem. Luciana afirmou que as tatuagens eram tratadas como ‘símbolo de posse’ pelos empregadores. O trabalhador resgatado anteriormente, de 32 anos, também relatou ter sofrido violências físicas e psicológicas.
As investigações apontam que os três homens mantinham um esquema sistemático de exploração laboral. O Ministério Público do Trabalho já instaurou inquérito para apurar as condições análogas à escravidão. As vítimas receberam atendimento psicossocial e os acusados seguem presos, aguardando julgamento.