A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) subiu 70 posições no ranking global do Center for World University Rankings (CWUR), passando do 401º para o 331º lugar, em contraste com a tendência de queda de 87% das instituições brasileiras. O estudo avaliou 21.462 universidades em 94 países, com base em critérios como qualidade da educação, empregabilidade, qualificação do corpo docente e pesquisa. A UFRJ superou a Universidade de São Paulo (USP) em qualidade da educação e qualificação docente, mas ficou atrás em empregabilidade e pesquisa, quesito que tem maior peso no ranking.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou o esforço da comunidade acadêmica para manter a qualidade do ensino apesar da crise financeira, questionando como seria o desempenho da universidade com um orçamento adequado. Ele ressaltou que grande parte do orçamento federal é destinado a custos fixos, como salários de servidores, limitando os recursos para pesquisa e assistência estudantil. O professor Mauro Osório, representante do Friperj, criticou a falta de prioridade orçamentária para as universidades, apontando a tradição de pesquisa do Rio de Janeiro e os riscos de desmonte.
Além da UFRJ, outras cinco instituições fluminenses aparecem no ranking: Fundação Oswaldo Cruz (8º no Brasil), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (12º), Fundação Getúlio Vargas (13º), Universidade Federal Fluminense (18º) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (44º). A aluna Arthura dos Santos, representante estudantil, reconheceu a excelência dos professores, mas apontou problemas estruturais como falta de climatização e internet, reforçando a necessidade de mais investimentos para manter os estudantes na universidade.