O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, indicou nesta terça-feira, 17, que o país pode entrar em guerra contra o Irã. Em declarações em sua rede social, Trump exigiu a “rendição incondicional” do regime iraniano, ameaçou o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e destacou a superioridade aérea de Israel, com equipamentos americanos. “Agora, temos controle total dos céus do Irã”, afirmou. Os comentários ocorrem enquanto Israel pressiona a Casa Branca a intervir no conflito, única forma, segundo aliados, de acabar com o programa nuclear iraniano.
Autoridades israelenses afirmam que apenas os EUA têm capacidade para destruir instalações nucleares subterrâneas do Irã, como a usina de Fordow, com bombas antibunker. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, destacou que “uma bomba desse tipo só poderia ser lançada por um avião americano”. Enquanto isso, relatórios de inteligência dos EUA indicam que o Irã se prepara para atacar bases americanas no Oriente Médio, em resposta ao apoio a Israel. A Casa Branca autorizou o envio de aeronaves de reabastecimento para a Europa, possivelmente para uso no conflito.
A possível entrada dos EUA na guerra divide aliados de Trump. Críticos, como o ex-apresentador Tucker Carlson e o estrategista Steve Bannon, acusam o ex-presidente de abandonar a promessa de manter o país longe de conflitos. Enquanto isso, serviços de inteligência dos EUA contestam a justificativa israelense para o ataque, afirmando que o Irã não busca uma arma nuclear atualmente. O conflito continua com troca de ataques entre Israel e Irã, incluindo a morte de um alto comandante iraniano e supostos ataques a alvos israelenses.