O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (23) que Israel e Irã chegaram a um acordo para encerrar as hostilidades militares nas próximas 24 horas. A declaração foi feita em uma rede social, na qual Trump celebrou o que chamou de “A GUERRA DE 12 DIAS”. Segundo ele, os ataques serão suspensos até terça-feira (24), marcando o fim oficial do conflito. Até o momento, o governo israelense ainda não se pronunciou oficialmente sobre o anúncio, enquanto o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, negou a existência de qualquer acerto ou interrupção das operações. A declaração do presidente ocorre após uma escalada nas tensões, incluindo um ataque iraniano a uma base americana no Catar, também nesta segunda-feira.
Segundo fontes próximas à Casa Branca, como informou a agência Reuters, Trump e o vice-presidente J.D. Vance discutiram a proposta de cessar-fogo com o emir do Catar, país que tem atuado como interlocutor entre as partes. O envolvimento de Doha foi considerado crucial para viabilizar o possível acordo, especialmente após a retaliação iraniana ao ataque israelense em Damasco na semana passada. Analistas internacionais observam que, embora o anúncio de Trump possa sinalizar um desejo de distensão, a ausência de confirmação oficial por parte de Israel e a negativa do Irã levantam dúvidas sobre a concretização do plano. Para diplomatas ouvidos pelo NYT Brasil, a iniciativa pode ser tanto um movimento estratégico de campanha como uma tentativa de reposicionar os EUA como mediador no Oriente Médio.
Caso o cessar-fogo se confirme, o episódio poderá representar um ponto de inflexão na relação entre os dois países, historicamente marcada por hostilidade e desconfiança mútua. Contudo, especialistas alertam que a estabilidade regional dependerá não apenas do fim imediato dos confrontos, mas da construção de canais diplomáticos duradouros. A possibilidade de uma trégua definitiva reacende debates sobre o papel dos EUA em conflitos internacionais e os limites da diplomacia via redes sociais. Nos próximos dias, a atenção da comunidade internacional estará voltada para Tel Aviv e Teerã, à espera de sinais mais concretos de desescalada. Mais do que um anúncio, o momento exige ações coordenadas e verificáveis para garantir que o silêncio das armas se transforme em paz duradoura.