O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) que Israel e Irã chegaram a um acordo para encerrar as hostilidades em um prazo de 24 horas. A declaração foi feita por meio de sua conta em uma rede social, onde Trump afirmou que os dois países concluirão operações militares remanescentes antes de suspenderem todos os ataques. Até o momento, os governos de Israel e do Irã não confirmaram oficialmente o acordo. A iniciativa ocorre após doze dias de confrontos intensos no Oriente Médio, que deixaram centenas de mortos e aumentaram temores de uma guerra regional. A ausência de confirmação por parte dos envolvidos diretos levanta dúvidas sobre a efetividade imediata do anúncio americano.
Segundo Trump, o entendimento foi possível graças à “Resistência, Coragem e Inteligência” de ambos os lados, qualificando o conflito como “A GUERRA DE 12 DIAS”. O presidente norte-americano ainda declarou que a continuidade da guerra poderia “destruir todo o Oriente Médio”, ressaltando o risco de escalada global. O anúncio ocorre apenas um dia depois de o próprio Trump defender uma mudança de regime no Irã, além do bombardeio dos Estados Unidos em território iraniano, ocorrido no sábado. Fontes próximas ao Departamento de Estado indicam que negociações secretas teriam sido mediadas por países europeus nas últimas 48 horas. Ainda assim, a comunidade internacional permanece cética quanto à estabilidade do cessar-fogo, dada a ausência de declarações oficiais por parte de Teerã e Jerusalém.
Especialistas apontam que, se confirmado, o cessar-fogo poderá representar uma rara trégua em uma das rivalidades mais complexas do cenário geopolítico atual. No entanto, o contexto de desconfiança mútua, agravado por décadas de tensões ideológicas e estratégicas, pode minar qualquer avanço duradouro. Observadores da ONU esperam uma declaração conjunta nas próximas horas que formalize os termos do acordo. Enquanto isso, a população civil segue em alerta, com deslocamentos em massa e temor de novos ataques. A situação reforça o papel volátil dos Estados Unidos como mediador em conflitos internacionais, ao mesmo tempo em que evidencia os limites da diplomacia via redes sociais em questões de segurança global.