O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (23) que um cessar-fogo de 12 horas foi acordado entre Israel e Irã, marcando o que chamou de fim da guerra no Oriente Médio. O anúncio foi feito na rede social Truth Social, plataforma fundada pelo próprio republicano, e prevê a suspensão inicial dos ataques iranianos, seguida por uma interrupção israelense. Segundo Trump, o acordo representa uma trégua completa e total entre os dois países, que, até então, protagonizavam uma escalada militar intensa. A trégua, batizada por ele de “guerra dos doze dias”, entra em vigor seis horas após o comunicado oficial. No entanto, representantes de Teerã e Tel Aviv ainda não emitiram confirmações formais sobre o pacto anunciado por Trump, o que gera dúvidas sobre sua efetividade imediata.
O anúncio ocorre em meio a uma crise geopolítica crescente, com confrontos diretos entre forças iranianas e israelenses nas últimas semanas, elevando o temor de um conflito regional de maiores proporções. Embora Trump tenha celebrado o que chamou de “acordo histórico”, diplomatas e analistas internacionais expressaram cautela, enfatizando a ausência de validação oficial dos governos envolvidos. De acordo com uma fonte ligada à ONU, o órgão ainda não foi notificado formalmente sobre o cessar-fogo. O papel dos Estados Unidos, especialmente de Trump, que atualmente não ocupa cargo oficial, também levanta questionamentos sobre a legitimidade e a durabilidade do acordo. Ainda assim, a suspensão temporária das hostilidades pode abrir espaço para negociações mais amplas, caso confirmada e respeitada por ambas as partes.
Se mantido, o cessar-fogo poderá sinalizar uma mudança significativa na dinâmica de tensões entre as duas potências regionais, com possíveis desdobramentos para toda a diplomacia do Oriente Médio. Especialistas destacam, porém, que a ausência de mecanismos de verificação e garantias multilaterais limita a confiança no pacto. O episódio também evidencia o papel contínuo — e controverso — de Trump na política externa global, mesmo após deixar a Casa Branca. A comunidade internacional deve observar atentamente os próximos passos, especialmente a posição oficial de Israel e Irã nas próximas horas. Em um cenário volátil e complexo, a esperança de uma paz duradoura ainda depende de adesão mútua e compromissos sustentáveis, algo raro na longa história de animosidade entre as duas nações.