O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória ao motorista de um veículo de luxo acusado de atropelar e matar um motociclista em julho do ano passado. O acusado, que estava preso há 10 meses, responderá ao processo em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, como a suspensão da CNH e a proibição de deixar o país. A decisão foi tomada após a juíza responsável entender que não havia indícios de que o réu representasse risco às investigações ou à sociedade, destacando que ele colaborou com as autoridades e permaneceu no local do acidente.
O caso ocorreu na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo, após uma discussão no trânsito. Segundo as investigações, o veículo dirigido pelo acusado atingiu a moto em alta velocidade, ultrapassando em mais do que o dobro do limite permitido. A vítima, um entregador de 28 anos, não resistiu aos ferimentos e deixou esposa e um filho de três anos. O laudo pericial confirmou a velocidade excessiva no momento da colisão, mas o teste de bafômetro realizado no motorista foi negativo.
A defesa do acusado não se manifestou sobre a decisão judicial. Além da tornozeleira eletrônica, ele terá que comparecer mensalmente à Justiça e não poderá se ausentar da comarca onde o crime está sendo julgado sem aviso prévio. A magistrada ressaltou que não há evidências de que o réu tenha tentado intimidar testemunhas ou obstruir as investigações, fatores que influenciaram na concessão da liberdade provisória. O processo segue em andamento.