Paulo Cupertino foi preso em maio de 2022 em um hotel de São Paulo, próximo ao local onde Rafael Miguel, João e Miriam foram assassinados em junho de 2019. Durante os três anos de fuga, ele percorreu cidades do interior paulista, como Sorocaba e Campinas, e chegou a se esconder no Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai. A polícia rastreou mais de 300 endereços até localizá-lo.
De acordo com as investigações, Cupertino usou disfarces, incluindo barba longa e branca, e trabalhou como caseiro para evitar ser identificado. Ele também emitiu um novo RG no Paraná. Durante o júri, o acusado afirmou: ‘Praticamente, eu fiquei andarilho, comendo cocô de cavalo. Não matei mais ninguém…’.
O promotor Thiago Marin classificou as ações de Cupertino como um ‘ato falho’, destacando que ele mudou de identidade, aparência e localização, mas não de caráter. Familiares das vítimas, como Maria Gorete Silva Carvalho, tia de Rafael, expressaram alívio com a condenação, já que o criminoso foi preso próximo à região onde eles moram.