A perda gradual do olfato na velhice está associada ao declínio cognitivo, assim como a surdez, que é considerada a principal causa modificável desse problema em idosos. Estudos indicam que a privação sensorial por longos períodos pode afetar as conexões neurais, reduzindo a plasticidade cerebral. No entanto, pesquisadores sugerem que é possível treinar a capacidade de identificar cheiros para melhorar essa função e, consequentemente, a saúde cognitiva.
Uma equipe internacional de cientistas desenvolveu um método inovador usando realidade virtual para estimular o olfato. Em um jogo imersivo, os participantes interagem com aromas liberados por objetos virtuais, como estátuas e lanternas de pedra, em um ambiente que simula uma caça ao tesouro. A atividade exige que os jogadores comparem cheiros e naveguem pelo espaço, trabalhando tanto a memória quanto a orientação espacial.
A pesquisa, que incluiu participantes entre 63 e 90 anos, mostrou melhoras significativas no desempenho cognitivo após o treinamento. Segundo os especialistas, a realidade virtual oferece um ambiente controlado para simular estímulos sensoriais, reforçando a importância de exercitar o olfato como forma de preservar a saúde do cérebro. Os resultados destacam o potencial de métodos interativos para combater os efeitos do envelhecimento na cognição.