Em Belo Horizonte, cerca de 3,5 mil veículos aguardam transferência de propriedade desde maio devido a pendências em vistorias, segundo a Associação dos Despachantes Documentalistas de Minas Gerais (Adedosc-MG). Os atrasos têm causado multas por recibo vencido, cancelamento de vendas e financiamentos, além de apreensões de veículos. O problema teria começado após o fechamento da antiga Divisão de Registro de Veículos, com os serviços de vistoria sendo transferidos para empresas credenciadas.
A mudança, conforme o governo, foi proposta para agilizar o processo de identificação veicular, mas os prazos de 30 dias para transferências e vistorias não estão sendo cumpridos. Despachantes têm protocolado os processos nas Unidades de Atendimento Integrado (UAI) para tentar estender os prazos, enquanto a demanda só aumenta. A Coordenadoria de Trânsito nega problemas, afirmando que eventuais pendências devem ser resolvidas pelos proprietários com novas vistorias.
Representantes das empresas credenciadas, no entanto, confirmaram anonimamente que há dificuldades e relataram uma reunião na Cidade Administrativa para discutir o assunto. Nesta segunda-feira (2), despachantes protestaram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, exigindo uma solução para os atrasos que afetam milhares de processos na capital mineira.
