A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, perdeu a vida enquanto realizava uma trilha guiada no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, onde seu corpo foi resgatado na manhã desta terça-feira, após quatro dias de buscas. O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altura, é o segundo vulcão mais alto do país e se destaca como um destino turístico atraente, recebendo milhares de visitantes anualmente. O local, parte do famoso “Anel de Fogo”, é conhecido por sua atividade sísmica e erupções vulcânicas frequentes, o que acrescenta um elemento de risco às atividades realizadas na região. Este trágico incidente levanta questões sobre a segurança das trilhas e os riscos associados ao turismo de aventura.
O acidente ocorreu em um percurso que, embora popular, já registrou outros acidentes fatais, conforme indicado por dados de agências de turismo locais e autoridades. Especialistas em segurança de montanha argumentam que a falta de infraestrutura adequada e a necessidade de um maior treinamento para guias podem ser fatores contribuintes para tais tragédias. Juliana, uma publicitária que buscava aventuras em meio à natureza, tornou-se mais uma vítima de um cenário que mistura belezas naturais e perigos inerentes. A dor da perda é amplificada pela impotência de sua família, que aguardou ansiosamente por notícias durante os dias de busca, refletindo a fragilidade da vida diante de desafios que muitos turistas parecem subestimar.
A morte de Juliana Marins também suscita um debate mais amplo sobre as práticas de turismo sustentável e seguro em regiões vulneráveis. À medida que o turismo em Lombok e outras ilhas da Indonésia cresce, cresce também a responsabilidade de operadores turísticos em garantir a segurança de seus clientes. O reconhecimento do Monte Rinjani como um Geoparque Global pela Unesco em 2018 destaca a importância de preservar não apenas a beleza natural, mas também a segurança dos visitantes. Este incidente trágico serve como um alerta para o setor de turismo, evidenciando a necessidade urgente de melhorar as condições de segurança e formação de guias, para que outras vidas não sejam perdidas em busca de aventura.