Uma investigação da Polícia Federal revelou que um traficante conhecido como “Professor” era um dos principais responsáveis pelo fornecimento de armas, como fuzis e pistolas, do Paraguai para o Brasil. O criminoso, morto recentemente em um hospital na Zona Norte do Rio de Janeiro, também possuía uma marca própria de cocaína, sinalizando influência no mercado de drogas. Sua morte deve desencadear uma disputa pelo controle das rotas de armas e do tráfico na região.
Além do envolvimento com o tráfico, o acusado exercia influência social em uma comunidade do Complexo do Alemão, onde distribuía brinquedos, medicamentos e até custeava eventos culturais. Segundo a PF, ele usava parte dos lucros ilícitos para subornar policiais, garantindo proteção e informações privilegiadas sobre operações. O relatório destaca que o criminoso não apenas dominava pontos de venda de drogas, mas também interferia na vida cotidiana dos moradores.
O traficante havia criado uma “marca fantasma” de cocaína, um feito incomum no crime organizado, indicando conexões diretas com produtores da droga. Em interceptações telefônicas, ele reclamava do desvio de cargas sem sua autorização. O indivíduo já havia sobrevivido a outros ataques, incluindo uma cirurgia para remoção de um projétil alojado em sua cabeça. Sua morte marca o fim de um capítulo, mas abre espaço para conflitos pelo controle das operações criminosas.