Pelo segundo mês consecutivo, o preço do tomate nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Brasil registrou uma queda significativa, com uma redução média de 14,79% em maio, conforme divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira, 24. Este declínio segue um longo período de alta nos preços e coincide com o início da safra de inverno. A Conab, que lançou o 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), sugere que a intensificação da safra pode manter a tendência de diminuição nos valores de comercialização.
A queda nos preços do tomate, segundo a Conab, está diretamente relacionada ao aumento da oferta com o começo da safra de inverno. Este cenário é um respiro para os consumidores que vinham enfrentando preços elevados nas hortaliças e frutas. Além do tomate, outras hortaliças como alface, batata e cebola também tiveram variações de preço, com a batata mostrando um aumento de 4,99% e a alface, 6,68%, refletindo as complexidades do mercado agrícola. Segundo analistas, essas flutuações são típicas da transição entre as safras e podem influenciar diretamente no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA), onde estas commodities têm grande peso.
As implicações futuras deste fenômeno de mercado são vastas, principalmente no contexto econômico brasileiro. Se a tendência de queda nos preços do tomate se mantiver, poderá haver um alívio no índice de inflação, beneficiando diretamente o poder de compra do consumidor. Este cenário reforça a importância de políticas de incentivo à agricultura que possam estabilizar o mercado e garantir a segurança alimentar. É essencial monitorar como essas tendências se desdobrarão nos próximos meses, especialmente com as incertezas climáticas que podem afetar as safras futuras.