Um levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) revelou que Maringá, no norte do Paraná, possui a terra agrícola mais valiosa do estado, com um hectare custando em média R$ 185,4 mil. A categoria analisada, denominada “A-I”, refere-se a terras planas, férteis e com boa drenagem, consideradas ideais para a agricultura. Cidades como Foz do Iguaçu e Sarandi aparecem em seguida no ranking, com valores próximos, mas ainda abaixo do registrado em Maringá.
Nos últimos cinco anos, o preço das terras agrícolas no Brasil teve um aumento significativo de 113%, segundo dados de uma consultoria especializada. Esse cenário reflete uma valorização acelerada, impulsionada pela demanda por áreas produtivas. Em Maringá, a alta foi de 5,52% em 2024, superando até mesmo Foz do Iguaçu, que registrou 5,14% no mesmo período.
O aumento no valor das terras agrícolas também impacta os centros urbanos, elevando os custos para novos loteamentos e, consequentemente, os preços dos imóveis. Com poucos espaços disponíveis para expansão urbana, a lei da oferta e procura intensifica a valorização dessas áreas. Especialistas destacam que a tendência é de pressão contínua sobre os preços, tanto no campo quanto nas cidades.