Mesmo com o crescimento do comércio online e da moda rápida, as lojas de tecidos em Belém mantêm sua relevância, especialmente no Centro Comercial da Campina. Alcilene Silva, supervisora da Rebouças Tecidos, destaca que muitos clientes ainda preferem comprar tecidos para confeccionar roupas sob medida ou iniciar negócios próprios. A loja, com 30 anos de história, enfrenta a concorrência digital, mas segue atraindo um público fiel, com picos de vendas durante festividades como o período junino, quando chegam a vender 70 mil metros de tecidos como chita e tergal xadrez.
A Paris N’América, outra referência no segmento, adaptou-se ao mercado ao diversificar seu estoque, incluindo tecidos populares além dos importados de alta qualidade. Gerente há 29 anos, Márcio Cullere explica que a loja, com mais de 600 variações de tecidos, tem seu ápice de vendas em dezembro, seguido pelo Carnaval e São João. A tradição e a variedade são marcas registradas do estabelecimento, que mantém viva a cultura do artesanal e do personalizado.
Já Ayanne Rodrigues, da Maya Tecidos, representa uma nova geração no ramo, herdando a paixão pela família. Formada em direito, ela deixou a advocacia durante a pandemia para se dedicar ao negócio de tecidos, em parceria com a mãe. Ayanne ressalta que, mesmo com a concorrência online, muitos clientes valorizam a experiência presencial, a qualidade do tecido e o atendimento personalizado, incluindo indicações de costureiras de confiança. Para ela, participar do processo criativo dos clientes é um diferencial que mantém o segmento relevante.