As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram em alta nesta terça-feira, impulsionadas pelo fortalecimento do dólar frente ao real e pela tensão geopolítica entre Israel e Irã. O contrato para janeiro de 2026 fechou a 14,865%, enquanto o de janeiro de 2027 subiu 6 pontos-base, para 14,235%. Nos prazos mais longos, os DIs também registraram altas, com o contrato para janeiro de 2033 atingindo 13,74%, aumento de 7 pontos-base.
O mercado reagiu a notícias sobre o conflito no Oriente Médio, incluindo declarações do ex-presidente dos EUA Donald Trump e ataques de Israel a alvos iranianos. O dólar, que oscilou em margens estreitas no início do dia, ganhou força à tarde, pressionando as taxas de juros domésticas. Segundo Getulio Ost, da SulAmérica Investimentos, a possibilidade de os EUA entrarem no conflito aumentou a aversão ao risco e reduziu a liquidez, com investidores aguardando as decisões de juros do Fed e do Copom nesta quarta-feira.
Enquanto o mercado precifica quase 100% de chance de manutenção dos juros nos EUA, no Brasil há divisão: as opções de Copom indicam 61% de probabilidade de alta de 25 pontos-base na Selic, contra 37,5% de manutenção. O HSBC mantém sua previsão de alta, enquanto a mediana do Focus aponta para estabilidade. No exterior, o Treasury de 10 anos caiu 6 pontos-base, para 4,389%, em meio à busca por segurança.