As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto prazo registraram leves altas nesta segunda-feira, enquanto os contratos de longo prazo recuaram, influenciados pela queda do dólar e pela expectativa em torno da decisão do Banco Central sobre os juros, prevista para esta semana. O DI para janeiro de 2026 fechou em 14,86%, e o contrato para janeiro de 2027 subiu 2 pontos-base, para 14,175%. Já os prazos mais longos, como janeiro de 2031 e 2033, caíram para 13,61% e 13,68%, respectivamente.
O Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) avançou 0,2% em abril, acima da expectativa de 0,1%, mas abaixo do resultado de março (0,7%). Economistas destacam sinais de expansão na atividade, enquanto o mercado aguarda a reunião do Copom na quarta-feira. A curva de juros precifica 60% de chance de alta de 0,25 ponto percentual na Selic, atualmente em 14,75% ao ano, embora a maioria dos analistas projete manutenção da taxa.
O recuo das taxas longas foi impulsionado pela desvalorização do dólar, que se aproximou de R$ 5,50, e pelo desempenho dos Treasuries no exterior, que inicialmente caíram devido à expectativa de redução de tensões entre Israel e Irã. No entanto, os yields dos títulos americanos voltaram a subir no fim do dia, enquanto os DIs brasileiros mantiveram tendência de baixa nos prazos mais distantes.