Os Estados Unidos aumentaram as tarifas sobre importações de aço e alumínio de 25% para 50%, medida que entrou em vigor nesta quarta-feira (4). O decreto, assinado pelo ex-presidente norte-americano, visa proteger a indústria local, segundo o governo dos EUA, que justifica a decisão como uma questão de segurança nacional. O Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os EUA, é um dos países mais afetados pela medida, que pode reduzir significativamente as exportações brasileiras para o mercado norte-americano.
Especialistas apontam que o setor siderúrgico brasileiro enfrentará desafios imediatos, como a necessidade de redirecionar vendas para outros mercados ou ajustar a produção. Empresas com forte atuação no mercado externo tendem a ser as mais prejudicadas, enquanto aquelas focadas no mercado interno podem sofrer com o aumento da oferta de produtos e a pressão sobre os preços. Apesar disso, o Instituto Aço Brasil, representante do setor, ainda não se pronunciou sobre o novo aumento, mas em comunicados anteriores demonstrou confiança no diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano.
A medida faz parte de uma série de ações tomadas nos últimos anos para proteger a indústria dos EUA, incluindo a imposição de cotas e tarifas variáveis. Analistas destacam que, no longo prazo, a redução das exportações pode afetar empregos no setor siderúrgico brasileiro, além de pressionar as empresas a buscar alternativas comerciais em mercados como o asiático. Enquanto isso, o Reino Unido permanece como exceção, mantendo tarifas de 25% devido a um acordo comercial recente com os EUA.