Os Estados Unidos aumentaram as tarifas de importação de aço e alumínio de 25% para 50%, medida que entrou em vigor nesta quarta-feira (4). O decreto, assinado pelo ex-presidente norte-americano, visa proteger a indústria local, mas afeta diretamente o Brasil, segundo maior fornecedor de aço para o país. Especialistas alertam que a medida pode reduzir as exportações brasileiras e pressionar o setor siderúrgico a buscar novos mercados.
O impacto varia entre empresas: aquelas com forte atuação no mercado externo tendem a ser mais prejudicadas, enquanto as voltadas para o mercado interno podem enfrentar desafios como aumento da oferta e queda nos preços. O Brasil exportou 4,1 milhões de toneladas de aço para os EUA em 2024, ficando atrás apenas do Canadá. A medida também pode afetar empregos no setor, com possível redução na produção.
Esta não é a primeira vez que os EUA adotam tarifas sobre esses produtos. Durante o mandato anterior, medidas semelhantes foram implementadas e depois revogadas. Agora, a retomada das taxas ocorre em um contexto de busca por acordos comerciais mais vantajosos. O governo brasileiro e entidades do setor ainda não se pronunciaram sobre a nova decisão, mas especialistas sugerem a diversificação de mercados como alternativa para mitigar os efeitos negativos.