Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (3) a decisão de dobrar as tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados, elevando as taxas de 25% para 50%. A medida, assinada pelo presidente norte-americano, entra em vigor já nesta quarta-feira (4) e tem como objetivo declarado proteger a segurança nacional do país. O Reino Unido, que recentemente firmou um acordo comercial com os EUA, é a única exceção e manterá as tarifas em 25%.
A decisão impacta diretamente os principais fornecedores de aço dos EUA, incluindo o Brasil, segundo maior exportador para o mercado norte-americano. Especialistas apontam que a medida pode reduzir as exportações brasileiras e forçar o setor siderúrgico a buscar novos mercados ou ajustar sua produção. Empresas com forte atuação no mercado externo tendem a ser as mais afetadas, enquanto aquelas focadas no mercado interno podem enfrentar pressão nos preços devido ao aumento da oferta local.
O Instituto Aço Brasil, representante do setor no país, não se manifestou sobre o novo decreto. Em março, quando as tarifas de 25% foram implementadas, a entidade expressou confiança no diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano. A medida reforça a política protecionista da atual administração dos EUA, que busca fortalecer a indústria local, mas gera incertezas para os parceiros comerciais. A reportagem segue em atualização.